quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Courtney Brown e a Visão Remota


Um fascinante campo de estudos surgido há pouco mais de uma década e em franco crescimento em todo o mundo, promete facilitar a pesquisa ufológica. Ainda que com muita polêmica. Trata se da visão remota ou RV, do inglês remote viewing. A disciplina, como todas as novidades que desafiam o conhecimento ortodoxo, aglutina curiosos e cientistas de vanguarda, que buscam descobrir mistérios à distância apenas com o uso da mente. Um expert no assunto é o professor Courtney Brown, catedrático de ciências políticas da Emory University, em Atlanta, Estados Unidos. Autor de dois livros pioneiros na área, Brown não apenas investiga e divulga o assunto, como garante que a faculdade de visão remota pode ser exercida pela maioria das pessoas.

“Em geral, não há necessidade da pessoa ter alguma capacidade paranormal, mas ela ajuda e é essencial que o interessado em praticar visão remota tenha muito tratamento e disciplina”, diz Brown. Seu primeiro livro, Cosmic Voyage [Viagem Cósmica], foi recebido com espanto pela comunidade científica dos EUA. Mas a obra foi considerada por eminentes ufólogos como uma viagem extraordinária a um dos mais profundos mistérios sobre contatos extraterrestres e o futuro da humanidade, como definiu Budd Hopkins.

Livro Cosmic Voyage [Viagem Cósmica]

Cosmic Voyage descreve o que Brown e um grupo de pessoas descobriram sobre os UFOs e extraterrestres através da visão remota – entre outras coisas, que há possibilidade de contatos com ETs através do método. Mas o autor não parou por aí e em seu segundo livro, Cosmic Explorers [Exploradores Cósmicos], aprofundou-se ainda mais na questão, discutindo com os leitores técnicas que desenvolveu para a prática da visão remota. Confira a entrevista concedida à Revista UFO.

UFO — Professor Brown, em 1996 houve um grande alarde sobre visão remota. Pela primeira vez, a CIA e o Pentágono liberaram documentos em que declararam ter feito serviços de espionagem por intermédio de médiuns para descobrir alvos inimigos. O senhor especializou-se nessa área e lançou dois livros. Como desenvolveu seus estudos e quais foram os resultados?

BROWN — Esta capacidade extra-sensorial foi inicialmente estudada por Ingo Swann, um médium e gênio que a possuía RV abundantemente, e passou a investigar o tema. Swann alega ter descoberto o que seu espírito fazia quando recebia impressões das mais remotas regiões do planeta, usando a técnica. Viessem as impressões do quarto ao lado ao seu ou de regiões longínquas do globo, a pergunta continuava sendo: como se consegue receber estas informações? Mentalmente? Após desenvolver essa capacidade, a questão se tornou bastante clara e ele, então, passou a defender que qualquer um podia fazer o mesmo. E colocou-se a ensinar a técnica aos outros. Em seguida, Swann ofereceu seus serviços aos militares e estes se interessaram, pois podiam obter informações sobre bases militares inimigas sem expor a vida de agentes e espiões, evitando assim riscos como prisões e torturas dos mesmos. Swann foi solicitado a formar 19 militares norte-americanos de uma unidade especial, que usaram suas faculdades para adquirir informações específicas à distância – e muitos obtiveram sucesso. Os generais estavam preocupados se poderia haver nos campos de batalha inimigos novos modelos de tanques, novas armas que ainda não conheciam e sobre as quais não estariam preparados à altura. E todas estas informações foram obtidas por Swann e seus homens. Estes “espiões PSI” chegaram a ter uma quota de acerto de 80% a 85% das tentativas.

UFO — Como o senhor soube desta unidade militar e de que forma chegou até ela?

BROWN — Foi acidentalmente que entrei em contato com alguns ex-associados desta unidade, e fiquei espantado. Não sabia que ela existia... Hoje em dia todo mundo tem conhecimento deste projeto do governo, pois muitos documentos foram liberados pela CIA durante a administração Carter. Até o ex-diretor da Agência, o almirante Stanfield Turner, deu uma entrevista pela tevê em que falou sobre programas antes secretos, como Grillflame, Hourglass, Stargate etc. Esse assunto também foi veiculado em várias revistas. Na época, isto tudo era novidade para mim, e acabei descobrindo que a pesquisa da RV não era propriamente coordenada pela CIA, mas pela Agência de Inteligência de Defesa, a DIA [Defense Intelligence Agency]. Queria saber mais sobre o assunto e um dos integrantes me convidou para fazer o curso, baseado em princípios militares. Porém, não quis usar os conhecimentos que vim a adquirir para fins bélicos e sim científicos – principalmente voltados para o Fenômeno UFO. E tudo que consegui através desta técnica está em meu livro Cosmic Voyage.

UFO — Quais foram os resultados obtidos com os procedimentos de SRV em Marte?

BROWN — O assombroso é que algo que eu chamo de “espírito do espaço” ou “alma do espaço”, seja lá o que for, aparece em nossas prospecções. Por exemplo, pedimos aos praticantes que captem um número específico que esteja associado e esse espírito, para efeitos de comparação. E todos captam o mesmo número. Então, todos os resultados são analisados seguindo normas idênticas: um técnico do instituto faz uma série de perguntas selecionadas do manual, a cada sensitivo. Assim é que era feito pelos militares, uma técnica que nós revisamos, adaptamos e sistematizamos para nosso trabalho. O sensitivo deve seguir todos os protocolos do manual, para que suas respostas constituam uma seqüência lógica de fatos, com começo, meio e fim. A SRV é um tanto complicada de se analisar. Por isso, é necessária muita cautela.

UFO — O senhor vê possibilidade de contatos com seres extraterrestres através da SRV?

BROWN — Sim, desde que feito cientificamente, para que seja aceitável. A linguagem da SRV serve como uma forma de comunicação entre nós e este espírito do espaço, de onde quer que seja. Cada vez mais nos assombramos com a exatidão dos resultados obtidos por diversos sensitivos, quando fazemos nosso trabalho tendo como alvo Marte. Mantemos um arquivo destas sessões e comparamos os resultados.

UFO — O senhor analisou diversos aspectos da fenomenologia ufológica. Quais são suas conclusões quanto ao Caso Roswell?

BROWN — Analisamos Roswell cuidadosamente, com prospecção do exato local e data onde e quando tudo aconteceu, empregando SRV. Para termos certeza dos resultados, primeiro empregamos praticantes iniciantes da técnica e guardamos seus resultados. E depois usamos os mais experientes, comparando em seguida o que descobriram. É impressionante como as informações batem e os mais treinados captam exatamente o mesmo que os novatos, que descrevem os fatos com precisão, apesar de não saberem do que se tratava. Durante meu treinamento, junto dos militares, levei 15 minutos para descobrir o que era aquilo que eu captei e me assombrei. Era Roswell, algo que só conhecia vagamente. Descrevi a nave que caíra no deserto, vi as pessoas andando de cá para lá, catando pedacinhos de metal no chão, e os sobreviventes extraterrestres sendo levados. Só podia ser o Caso Roswell. Depois descobri até para onde foram transportados os destroços da nave e em que laboratórios foram analisados.

UFO — Onde ficam esses laboratórios e como o senhor pode ter certeza de que captou coisas reais?

BROWN — Tenho certeza porque confrontei tudo o que captei e o que outros captaram com a literatura sobre o tema. As informações são incrivelmente coincidentes. Quanto aos laboratórios, eles estão localizados nos locais mais secretos dos Estados Unidos. Eu poderia dizer em que estados, cidade etc, porém estaria violando segredos militares do governo, o que não posso fazer. No Farsight Institute, queremos que o governo nos aceite, que confie em nós, para que possamos oferecer-lhe nossos serviços. Principalmente no que se refere ao contato com extraterrestres. Queremos ajudar a preparar o povo para este contato. E, revelando segredos governamentais, estaríamos perdendo a confiança de quem precisamos conquistar. Alguns dos antigos praticantes da visão remota deixaram vazar informações e isto deu muito trabalho a Washington. Para mim, esses vazamentos foram bons, porque assim que soube dessa área de pesquisas e comecei a investigar a técnica.

UFO — O que o senhor descobriu, através da SRV, sobre os seqüestros feitos por alienígenas?

BROWN — Em 1994, antes de sair o livro de John Mack, Abduction, Human Encounter with Aliens [Abduções, Encontros de Humanos com Aliens], ocorria um fato. Sempre que os militares ou um de nós queria pesquisar através da SRV algum caso de abdução, simplesmente não conseguíamos acessá-lo. Parecia que os ETs bloqueavam nossa capacidade de captação, nosso sinal. Sim, descobrimos que eles têm este poder. E às vezes nos davam uma informação diversa da que queríamos, com certeza para que a pesquisássemos e percebêssemos que alguém estava interferindo. Porém, isto tudo começou a mudar a partir do momento em que foi lançado o livro de Mack, quando percebemos que o “embargo alienígena” havia cessado. Acredito que foi porque o livro apresentou uma faceta mais positiva dos grays [Cinzas], mostrando-os mais compreensivos, misericordiosos e simpáticos de como eram vistos antes. Mack ajudou a evitar que muitos leitores entrassem em pânico. Então, a partir daí, não tivemos mais dificuldade em acessar e prospectar casos de abduções.

UFO — O senhor passou então a trabalhar com os casos de abdução?

BROWN — Sim, a partir desse momento começamos a trabalhar cada vez mais com casos de contato direto com seres extraterrestres. E uma coisa que percebemos logo de cara era que, quando entrávamos no consciente dos abduzidos, eles pareciam entrar em pânico. Mas em seu íntimo, observávamos que sabiam que estavam servindo para um objetivo muito grande, uma missão. E isto faz sentido, pois se o praticante da SRV volta no tempo – e pode fazer isto –, ele observa que aquela pessoa já tinha relacionamento com grays desde sua infância. Estas pessoas sabiam que em sua fase adulta eles interagiriam novamente com elas

UFO — Quais outros grupos de extraterrestres nos visitam, além dos grays?

BROWN — Só detectamos dois grupos até agora: os grays e uma outra raça, que viveu um Marte, no passado. Eu sei que essa informação é assombrosa. Onde já se viu, falar em ETs marcianos? Mas o fato é que Marte já teve uma forma avançada de vida e temos percepções muito nítidas dela através da SRV, de sua existência e atuação. Há muito tempo, quando os dinossauros ainda viviam na Terra, havia em Marte uma civilização que tinha a mesma evolução cultural dos egípcios, há 5 mil anos, quando foram construídas as pirâmides. Esta civilização foi destruída por um holocausto planetário natural e inevitável, produzido por um corpo errante. Essa informação é cientificamente válida e o resultado da explosão extinguiu quase toda a vida que havia em Marte, gerando o cinturão de asteróides entre a órbita do planeta e Júpiter. Mas nem todos os membros da civilização marciana morreram, muitos migraram para outros orbes. Segundo nossas informações, eles estariam hoje, tecnologicamente, uns 150 anos a nossa frente.

Courtney Brown pode ser contatado através do endereço: Department of Political Science, Emory University, Atlanta, Georgia 30322, Estados Unidos. E-mail: polscb@emory.edu.

Confira na íntegra a entrevista comprando agora mesmo a Revista UFO, edição 92, de outubro de 2003.

Autor: Equipe UFO
Fonte: Revista UFO, outubro de 2003, edição n° 92
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=926

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